quarta-feira, 13 de junho de 2012

Torneio ''olímpico'' de quadribol ocorrerá entre 8 e 9 de julho em Oxford.


  Como todo fã de Harry Potter já devem saber, quadribol é 
um esporte popular em Oxford, estudantes da faculdade que 
leva o nome da cidade jogam com frequência, por exemplo. 
E a IQA confirmou detalhes quanto ao torneio que será 
realizado às vésperas das Olimpíadas.
  Por questões de 
marca 
registrada, a Interna-
tional 
Quidditch Association 
quis 
evitar problemas e 
batizou 
os jogos de Summer 
Games. 
As equipes serão dos 
Estados Unidos, Reino 
Unido, 
Austrália e França; 
os jogos
irão acontecer nos 
dias 
8 e 9 de julho 
(este último
quando começa as Olimpíadas
de Londres).
   O Brasil possui apenas 
um time reconhecido pela 
IQA, onde já foi entrevista 
o seu criador, Vinicius 
Mascarenhas .

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM VINICIUS MASCARENHAS
OPD: Por que a pretensão de criar uma equipe de quadribol 
que seria conhecida nacionalmente?

Vinicius
 : Sempre gostei da ideia do quadribol dos livros 
e filmes, e queria poder jogar de verdade. Quando conheci 
a IQA vi que pelo menos uma adaptação era viável e já 
havia sido implementada

OPD:
  Como foi a repercussão do time, ou seja, como você 
espalhou sua ideia até ter vários adeptos para formar a 
equipe inteira?

Vinicius
 : Em princípio foi lenta, começando por amigos - 
a maioria da faculdade -, e depois passamos a usar mais 
as redes sociais. Aí o time ganhou maior visibilidade e 
muita gente entrava em contato. Principalmente para fazer
entrevistas, solicitar participações em gravações de 
comerciais, etc. Como isso ocorria mais do que 
inscrições de membros, tivemos que cancelar a maioria.

OPD:
 Por que resolveu seguir as regras internacionais? 
Depois do reconhecimento foi pressionado por alguém?

Vinicius
 : A IQA estava lá antes de mim, 

promovendo copas mundiais havia anos, 
então não faria sentido 
inventar uma modalidade própria e tentar estabelecê-la 
como padrão em qualquer escala. Integrar o projeto de 
time à comunidade de fãs do mundo inteiro pareceu uma 
ideia mais legal, porque apoiaria o crescimento do 
quadribol em si.

OPD
 : Como está o Rio Ravens atualmente? Aumentou o 
número de inscritos?

Vinicius
 : Não, ultimamente temos estado em hiato sem 
previsão de recuperação imediata. Pouca gente se dedica; 
parece que os fãs mesmo se dispersaram.

OPD: 
 O ''15 de julho'' ajudou nisto ou foi até mesmo 
antes da data?

Vinicius
 : A estréia de DH: parte 2 foi uma das maiores
 oportunidades que tivemos para expandir a propaganda 
sobre o Rio Ravens. E a perdemos solenemente...

OPD:
 A Warner patrocina ou sequer tem alguma relação 
com o R.R.?

Vinicius
 : Não somos patrocinados nem temos qualquer 
vínculo com a Warner ou com J.K. Rowling. Nem a IQA, 
a propósito (digo: nem a IQA é afiliada à Warner e à 
autora).

OPD
 : Nos EUA e Inglaterra o Quadribol é esporte de 
escolas e faculdades. Aqui no Brasil isso não acontece. 
O que você acha que pode atrapalhar esta aderência?

Vinicius
 : Em primeiro lugar, sem a menor dúvida, a 
falta de interesse e compromisso do público - porque, 
com a força de um grupo unido como acontece por lá, 
é muito mais fácil convencer a universidade 
da seriedade do esporte. Tem até bolsa/
scholarship, como nas demais 
atividades.
Em segundo lugar, da questão cultural no
Brasil de que Harry Potter é coisa de criança 
ou de (sic) "gente 
retardada que acredita na ficção". O que leva à 
descrença, por parte de qualquer responsável 
por departamentos 
atléticos em instituições de ensino.

OPD:
 Realmente, há este triste pensamento! Vocês 
tiveram a oportunidade de ir em alguma premiere de 
Harry Potter divulgar o trabalho? E existe patrocínio, 
da WB ou outra empresa?

Vinicius
 : Ah, tivemos algumas propostas de gravações 
de comerciais e aberturas de eventos grandes 
(televisionados em cadeia nacional) com partidas e 
entrevistas. Mas nada de patrocínio em si. Do jeito que
as coisas andam, eu mesmo não patrocinaria um time 
de um esporte que ainda não é forte (ou ao menos 
presente) no 
país.
Sobre prémière: já tivemos oportunidade, mas houve 
o problema recorrente da inatividade e falta de 
comprometimento.

OPD:
 Fale-nos um pouco sobre você.

Vinicius
 : Eu represento a IQA oficialmente no Brasil, 
e o Rio Ravens é atualmente o único brasileiro time 
registrado no banco de dados deles. Parece-me que há 
alguns fã clubes da série no Brasil que elaboraram 
regras próprias e jogam suas versões de quadribol, 
sem relação a IQA.
A IQA promove eventos em escolas fundamentais nos EUA, 
em que times levam os equipamentos e ensinam as crianças 
a jogarem. Aí as crianças que gostarem tem a chance de 
experimentar também.

OPD
 : Necessita levar uma vassoura para jogar? Quanto 
é uma atualmente e qual site é o mais confiavel para 
comprar este tipo de produto?

Vinicius:
 É altamente recomendado levar uma vassoura, 
porque é exigido pelo regulamento oficial - mas as 
pessoas não tem levado nos últimos jogos (que, embora 
escassos, acontecem). Eu comprei a minha no Mercado Livre. 
É uma réplica da Firebolt em plástico, é oca, leve, 
e fácil de pegar. Mas tem 7cm a menos do que as 
vassouras oficialmente permitidas pela IQA. Como 
não há um padrão estabelecido para vassouras, 
exceto a medida do cabo 
(excluindo-se a parte das cerdas nessa medida), 
qualquer 
vassoura serve mesmo.

OPD:
 Por que o nome ‘’Rio Ravens’’?

Vinicius
 : Existe uma tradição adotada por uma vasta 
maioria dos times descritos no livro Quidditch 
Through 
the Ages, em que se dá o nome de um time pela cidade 
de origem e um nome de animal que comece com a 
mesma letra. Resolvemos entrar na brincadeira também. 
Pensamos em 
Rio Rays e Rio Ravens, e decidimos que corvos são mais 
ágeis e legais do que jamantas. Holyhead Harpies, 
Wimbourne Wasps, Falmouth Falcons, Gorodok 
Gargoyles, etc.


 Quem sabe, no futuro, não tenhamos uma equipe para 
concorrer nos torneios internacionais da IQA?

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